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TRACER 900 GT EVOLUI EM ELETRÔNICA E CONFORTO E MANTÉM ALMA ESPORTIVA

O que era MT-09 Tracer mudou para Tracer 900 GT. A nova geração da Sport Touring da Yamaha evoluiu na eletrônica e recebeu uma série de modificações para alçar voos mais altos: a fabricante quer brigar com Triumph Tiger 800 e BMW F 850 GS nas vendas.


Será que tantas novidades fariam da Yamaha Tracer 900 GT uma moto melhor e mais competitiva frente às rivais? Para descobrir isso, fomos convidados pela Yamaha para testar a nova geração da Sport Touring em um trajeto por estradas que levam ao litoral norte de São Paulo, com trechos sinuosos de serra e longas retas.


A primeira parte do trajeto rumo ao litoral era o menos sinuoso, o que permitiu avaliar o novo assento – que segue bipartido, mas a fabricante diz que fez mudanças para torná-lo mais confortável.


Há duas opções de altura do assento: na mais baixa, a altura em relação ao solo é de 850 mm e, na mais alta, de 865 mm. Como o autor deste texto mede 1,69m, a configuração ficou nos 850 mm, o que permitia colocar os pés no chão (não totalmente, claro) sem dificuldade.


Ao rodar por longos períodos, percebe-se a melhora no assento, que está realmente mais confortável. A Yamaha diz que o assento do garupa também está mais confortável e ampliou as alças traseiras, além de colocar as pedaleiras do garupa em uma posição mais baixa, o que não conseguimos testar no dia.


O guidão também sofreu alterações e foi encurtado – o que, teoricamente, deixaria a moto mais ‘pesada’. Na prática, isso não acontece e a vida no trânsito fica melhor para passar em espaços apertados.

Para a Yamaha Tracer 900 GT, a fabricante incluiu o controle de tração, que tem três níveis. Os mapas de abertura das borboletas são os mesmos da MT-09 apresentada recentemente por aqui.

No ‘B’, a potência é entregue de forma mais suave; no Standard (STD), há um pouco mais de velocidade na abertura das borboletas; no ‘A’, tudo liberado e a potência é entregue sem cerimônias, como na naked da fabricante japonesa.


O controle de tração tem dois níveis: o modo 1 intervém para evitar a perda de aderência em qualquer tipo de piso e situação, enquanto o modo 2 dá um pouco mais de liberdade ao piloto antes de entrar em ação. Para os mais experientes, há ainda a opção de desligar o recurso.


Em condições normais de rodagem, quase não se nota a atuação do controle de tração, mesmo quando se exige um pouco mais do acelerador. Como o dia foi de tempo firme e caminho pelo asfalto, não foi possível avaliar o controle de tração em situações de baixa aderência.


Outro recurso da Tracer 900 GT é o quickshfter para aumento de marchas. Passando dos 3 mil giros já é possível pressionar o pedal para cima sem precisar fechar o acelerador ou acionar a embreagem. A eletrônica dá conta do recado e tudo acontece sem sustos e sem solavancos.


Para reduzir, no entanto, é necessário usar a embreagem, que agora é deslizante e auxilia nas reduções mais bruscas, além de tornar o acionamento do manete mais leve – 20% quando comparado com o da geração anterior, segundo a fabricante. Na prática, o acionamento é realmente mais leve.


O controle e a regulagem das ajudas eletrônicas é feito através de botões no punho esquerdo e visualizado no painel TFT – que é inspirado na R1, a superesportiva da fabricante. São duas as opções de visualização, com fundo claro ou escuro – a adaptação é automática, já que há um detector de luminosidade. Durante a pilotagem é fácil encontrar todas as informações no painel e modificar o parâmetro desejado.


Além disso, a nova geração da Sport Touring ainda conta com piloto automático e aquecedor de manopla, itens de conforto que são bem-vindos, especialmente levando em consideração as rivais de segmento com quem a Tracer 900 GT quer brigar.


Não se deixe enganar pela aparência touring da Tracer 900 GT . Os números do motor são os mesmos vistos na MT-09 – afinal, trata-se do mesmo propulsor: um tricilíndrico de 847 cm³, com 115 cv de potência a 10 mil giros e torque de 8,92 kgf.m a 8.500 giros.


Ao exigir mais do acelerador, a Tracer 900 GT mostra o lado esportivo com gosto: há potência de sobra para retomadas e ultrapassagens seguras, mesmo com o peso em ordem de marcha ligeiramente maior do que o da MT-09 - na naked, são 193 quilos, contra 215 quilos na Sport Touring.


A moto sobra a 120 km/h, a maior velocidade que se pode atingir de acordo com a legislação de trânsito brasileira. Se quiser superar os 120 km/h, o proprietário de uma Tracer 900 GT pode levar tranquilamente a motocicleta a um track day e se divertir bastante com o modelo, que tem fôlego para superar a casa dos 200 km/h sem dificuldades.


Além da força, há a ciclística, outra parte modificada na nova geração da Sport Touring. Na dianteira, a suspensão de garfo invertido e totalmente ajustável passa confiança mesmo na configuração padrão. Na traseira, a balança monoamortecida é nova e está mais longa, o que ampliou o entre-eixos da moto. Para ajustar a pré-carga na traseira, nada de ferramentas: basta girar o comando que fica do lado esquerdo da moto, logo abaixo do assento.


No trecho mais sinuoso do passeio, esse conjunto foi um pouco mais exigido e respondeu bem, mantendo-se na mão do piloto e atendendo prontamente aos comandos de mudança de direção. Ficou no ar a curiosidade sobre o quanto seria divertido levar a Tracer 900 GT para a pista, já que além do conjunto motor e suspensão funcionarem bem, os freios - com dois discos de 298 mm na dianteira e um de 245 na traseira - dão conta do recado.


Após 336 quilômetros rodados em um dia, a impressão que fica é de que a Yamaha acertou na Tracer 900 GT e trabalhou em pontos que eram alvo de críticas e que a deixavam para trás em relação às concorrentes – como o assento e a eletrônica.


Andando majoritariamente em trechos de rodovia e variando entre os mapas de abertura das borboletas, terminamos o test ride da moto com o painel exibindo média de consumo de 21 km/l. Ao rodar na cidade tal marca deve ser inferior e ficar na mesma faixa da Tiger 800, fazendo aproximadamente 17,5 km/l.


Em termos de mercado, a Yamaha optou por trazer apenas a versão Tracer 900 GT, que é a topo de linha, para o Brasil – lá fora, há também a versão Tracer 900, que não possui o painel TFT, por exemplo.


No exterior, entretanto, a Tracer 900 GT conta com malas laterais de série. A justificativa da fabricante ao não trazer as malas foi a de tornar o preço da moto mais competitivo. Pelo menos por enquanto, as malas não serão trazidas nem como opcionais – algo que a Yamaha poderia rever levando em consideração que uma moto como a Tracer 900 GT geralmente é colocada na estrada para viagens.


Em versão única, portanto, a nova geração da Sport Touring da Yamaha, agora Tracer 900 GT, tem preço sugerido de R$ 49.390 (sem frete). A fabricante oferece um ano de garantia para o modelo, sem limite de quilometragem.


No papel, as rivais da moto da Yamaha são a Triumph Tiger 800 XRx, que parte de R$ 49.390, e a BMW F 850 GS Premium+ TFT, com preço que varia entre R$ 49 mil e 52 mil, dependendo da concessionária.


As rivais são menos potentes – 80 cv na BMW F 850 GS e 95 cv para a Triumph Tiger 800 – mas trazem um pouco mais de tecnologia embarcada, especialmente na variedade de modos de pilotagem.


De qualquer forma, a Tracer 900 GT se reforçou e agora pode se colocar como mais uma das boas opções no segmento dentro dessa faixa de cilindrada. A Yamaha quer o topo e, pelo preço e desempenho que oferece, a nova geração da Sport Touring da fabricante tem tudo para entrar com força nessa briga.

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