A Norton foi uma das grandes fabricantes de motos inglesas do século 20. Também uma das grandes vitoriosas nas corridas até a década de 1950, dominando por anos seguidos o TT da Ilha de Man. Assim como a maior parte das marcas europeias enfrentou dificuldades nos anos 1960 e 1970 diante da concorrência japonesa.
A fabricante retornou nesta década, com produção limitada e preços proibitivos, saindo da linha de montagem artesanal na nova sede dentro do circuito de Donington Park. Primeiro com a esportiva V4 RR competindo na Ilha da Man e sendo vendida em pequeno número, depois com nakeds retrô evocando modelos do passado como Dominator e Commando (ambas 961cc de 2 cilindros paralelos, como manda a tradição inglesa).
Para 2019 a Norton quer aumentar a produção, reduzir custos e alcançar um público maior com design retrô exclusivo e acabamento refinado. A missão será da nova scrambler Atlas, a ser vendida por pouco mais que a Triumph Street Scrambler (R$ 42.990, no Brasil). Entregando 20 cv a mais com 24 kg a menos.
O motor 650 partiu da metade do V4 de 1.200cc da esportiva. Arrefecido por líquido, com comando de válvulas duplo e tempo de ignição defasado em 270º atinge cerca de 80 cv a 11.000 rpm e 6,5 kgf.m (rotação ainda não informada). Atuará com controle de tração em modos on-road ou off-road, e os freios terão ABS que pode ser desligado.
No chassi perimetral de aço são instaladas suspensões produzidas pela própria Norton, garfo invertido de 50 mm com ajustes de compressão, retorno e pré-carga de mola, e amortecedor ajustável na pré-carga atuando com braço oscilante de alumínio. Terão curso de 150 mm com aros de 18 polegadas na frente e 17 atrás na versão básica Nomad, e 200 mm de curso com aro dianteiro 19 na versão Ranger. Os freios serão conjuntos completos Brembo, com discos de 320 mm e pinças monobloco de montagem radial na roda da frente.
As vendas começarão em maio de 2019 na Europa, e por mais atrativas que pareçam as especificações técnicas provavelmente nada deve superar o apelo de design e cuidado com a aparência dos componentes da Atlas.
Fonte: Revista Duas Rodas
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